Sempre vi atividades/brincadeiras de gelatina feita com as crianças, mas não me chamava atenção por conta do gosto fortemente artificial. No entanto, acabei oferecendo a guloseima ao Tatá pela experiência sensorial de poder comer livremente (e quem sabe se deliciar) com aquela substância na sua frente.
Como nunca havia feito gelatina antes comprei um saquinho que supostamente ficaria com duas cores. No meu caso acho que não consegui o resultado porque a quantidade foi pequena demais para um refratário tão grande. Tudo bem, porque o baby nesta ocasião não se interessou muito pela experiência.
Neste primeiro dia nem tirei suas meias porque estava frio demais, mas nem imaginei que iria se interessar em colocar os pés.
Ele não quis colocar suas mãos no refratário, apenas a colher, e como não desejou explorar muito e até quis sair dali não insisti e acabei com a experiência.
Passados quatro meses daquela data resolvi novamente proporcionar a experiência. Desta vez comprei a caixinha convencional e coloquei numa tigela maior. E o que aconteceu? Foi direto com o dedinho ver o que era aquilo!
Claro que estava liberado o uso total das mãos, mas como eu estava ensinando o Tatá a comer sozinho deixei diferentes colheres para ele experimentar o uso.
Foi bem bacana deixar várias à disposição porque ele realmente se interessou na exploração através das colheres e pode desta forma perceber diferentes jeitos de segurar e retirar o alimento da vasilha.
E como havia deixado pequenos potes, eles também entraram na brincadeira.
Quando penso numa atividade tenho em mente certos objetivos, a ideia dos potes era ver se ele conseguia fazer transferências com as colheres de um para outro de forma natural. Como não utilizou-os desta forma não interferi, para não quebrar o ritmo das suas descobertas.
Mesmo que a criança fuja completamente dos objetivos pensados pelo adulto, ainda assim ela está concebendo raciocínios lógicos e emocionais, além de construir sinapses importantes para o seu mundo, por isso dar liberdade na hora das brincadeiras é um fator de extrema importância.
Depois de um bom tempo resolveu degustar a gelatina. Acredito que tenha achado estranho o gosto, porque nem fez sinal de bom, ou de ruim (isso na primeira colherada!).
Depois foram mais e mais colheradas!
Gelatina pela cozinha toda, Tatá melecado e um potão de gelatina esperando o marido ajudar na comilança. Treino para futuras investidas de comandar sozinho a própria alimentação. Então, porque não mamãe?
Recado para o Tatá: Meu amor como você cresceu e desenvolveu rápido em quatro meses, já está um mini-molequinho! Só não sei se acho legal ou triste você finalmente ter gostado de gelatina. Entretanto fico tranquila porque as frutas são seu alimento predileto! Ainda bem que é bom de boca, e magrinho de ruim (como diz o ditado!) Te amo.