Fazia algum tempo que desejava dar gelo para o Tatá brincar, mas não havia decidido como, então vi algumas experiências bem interessantes na web e acabei me inspirando num exemplo onde a criança era bem maior (uns 10 anos mais ou menos).
A prática direcionada por seus pais focava nas experiências ciêntíficas com o gelo, mas como acredito que "faixa etária não existe", mas sim uma releitura adequada, então decidi reproduzir a brincadeira em casa.
Peguei um pote grande, enchi de brinquedos e coisas diversas, joguei um pouco de corante alimentício e deixei para gelar. Esperei uma tarde bonita e preparei a experiência no quintal. Com direito a mesinha, colher de pau (porque não tinha disponível martelinho de cozinha) e um potinho com sal.
Quando o Tatá viu aquilo foi logo colocando a mão, sua reação foi de desagrado imediato, mas passou tão rápido que nem deu para fotografar!
Ele ainda não compreende que o sal derrete o gelo, e vai demorar um pouco para saber como funciona quimicamente este processo, mas o que ele sabe é que ali do lado tem algo interessante para colocar em cima do pote gelado e que com o tempo esse sal vai dar lugar para uma pocinha de água.
Não foi preciso direcionar sua mão para sentir a textura daquela mistura, mas caso ele não ficasse curioso não seria um problema colocar a minha mão junto da dele para que fosse possível perceber a mágica desses elementos.
Entretanto, meu baby não tem paciência de ficar um tempão derretendo o gelo à base do sal (e nem eu!), então retirei o cubão e deixei o ambiente ajudar na transformação do estado líquido.
Foi bem bacana este momento porque o Tatá pode ver de diferentes ângulos os distintos objetos que haviam ali. Ele ficou com muita vontade de tirá-los do gelo, mas como não dava, achou tudo aquilo muito estranho. A colher de pau tinha a intenção de quebrar o gelo, pena que não deu certo! Da próxima vez compro um martelinho para ficar mais fácil.
Um outro momento de experimentação para ver o desgelo foi colocar uma bacia com água para o Tatá jogar por cima e ver se assim ficava mais fácil para os brinquedos saírem.
Claro que demorou do meso jeito, mas para ele a brincadeira ficou mais gostosa e mais refrescante!
Depois de um tempo finalmente o primeiro objeto começou a sair, era uma fita verde. Dali em diante qualquer coisa que ia aparecendo ou eu chamava a atenção dele ou era ele que chamava a minha para o novo evento.
Conforme ia saindo ele ia brincando e dando banho e curtindo o novo-velho brinquedo!
As tampinhas que ele ainda não conhecia foi uma distração que gerou um bom tempo de diversão. Aliás essa brincadeira rendeu horas! Ele brincou, brincou e cansou. Foi tomar um suquinho, tirar um soninho e quando voltou o gelo ainda não havia derretido!!! Desta forma ele pode continuar na atividade por mais um tempo.
Em todo o período eu não deixei de conversar com ele explicando o que estava acontecendo, algumas palavras eram repetidas no automático, mas algumas foram incorporadas, o que gera o enriquecimento do vocabulário dele.
O Tatá pode não ter processado uma descoberta científica como o garoto mais velho que vi, mas ele passou praticamente pelas mesmas experiências, o que significa que assimilou diferentes conhecimentos. Particularmente acho que é isso o que importa, cada um vê e vive o mundo de uma forma diferente, então vale a pena proporcionar experiências e brincadeiras sem se preocupar com a faixa etária, se o baby não compreendeu a intenção do seu facilitador paciência! (Para o facilitador!) Porque com toda certeza ele irá compreeder alguma coisa que será super válida para a sua jornada.
O Tatá ficou molhadíssimo e até deu alguns espirros, mas afinal, porque não mamãe?
Recado para o Tatá: Filho, ficamos um tempão ali no quintal, era final de semana e seu pai também participou da brincadeira por um tempo, foi bem refrescante. Só fiquei com dó de ver alguns brinquedos saírem do gelo sem você por perto, mas da próxima vez faço a brincadeira bem longe da hora do seu soninho. Te amo meu futuro cientista.