O Tatá sempre foi apaixonado pela Lua. Amor à primeira vista, que aconteceu nos primeiros meses de vida do baby. Apontava para o céu e sorria alegremente. O tempo foi passando e seu amor crescendo. Uma das primeiras palavras foi justamente Lua! E aos poucos ele percebia que ora ela estava no céu, ora desaparecia, ora ficava só um pedacinho.
Fui nomeando as fases e em pouco tempo ele sabia distinguir a lua cheia, da crescente, da minguante e lua nova.
Nem precisava fazer esta brincadeira para que o conhecimento fosse internalizado. Mas quem disse que tudo deve ser pautado nos princípios da lógica?
Eu sabia que essa brincadeira ia mexer muito com ele, e foi assim mesmo que aconteceu. Chegou ao ponto de ficar tão maluco que nem me deixava terminar os preparativos. Foram dois dias de suspense para ele e confesso que dois dias de estresse para mim e para o papai, já que não foi fácil fazê-lo esperar o brinquedo ficar pronto.
Comecei fazendo a base com um cd usado onde colei um frasco de cebion que o papai cortou milimetricamente no ponto de aproveitar a tampinha.
Depois cortei uma cartolina no formato circular e colei uma lua cheia dentro dela. (Essa cartolina está colada no cd! )
Depois o papai pegou outra cartolina e fez os círculos e as fases da lua de modo que, ao passar pela lua cheia colada na primeira cartolina fosse possível fazer o encaixe e mostrar facilmente as fases da lua.
Veja o detalhe da tampa do cebion funcionando para que nada escape do lugar!
Este é o brinquedo! A ideia era o Tatá se divertir brincando de “roleta” com as da fases da lua. Para estas ilustrações usamos uns cartões elaborados em inglês, onde vem um desenho com o nome da fase da lua de um lado, e do outro lado uma breve explicação do que está acontecendo.
É bem bacana, mas só depois de tudo pronto lembramos que se trata do hemisfério norte, ou seja, há uma pequena diferença de sentido. Portanto ao fazer a brincadeira é preciso girar a “roleta” no sentido anti-horário para seguir exatamente as fases da lua!
Aqui estão os cartões em pdf.
Então coloquei tudo no chão e ia iniciar a história da Lua. Mas claro que não consegui, já que o Tatá estava maluco para ver e mexer nas luas. Por um bom tempo ele só rodou e rodou a roleta das luas.
Sozinho ele rodava e identificava as 4 fases principais. “Olha mamãe, a lua minguante!” Ele nem deu bola para os cartões, só ficou ali curtindo. Mas depois de um tempo eu pedi para que prestasse atenção na historinha da lua.
“Era uma vez 3 amigos. O Sol, a Lua e a Terra (aquela tampa de baldinho dos lenços umedecidos ali no meio!). Eles queriam brincar de esconde-esconde e pega-pega. Nessa brincadeira só a Lua se escondia. A Terra só ficava olhando e dando risadas, e o Sol que dizia onde e como a Lua se escondia!
Então eles cantavam “Corre cutia, na casa da tia….” e a Lua corria ao redor da Terra e começava o pega-pega. Quando a Lua chegava perto do Sol ela ficava toda iluminada, mas a Terra não via nada por causa da sombra que a lua fazia! E a Terra dava risadas!
O pega-pega continuava, e agora a Lua estava bem longe do Sol. Mas era aí que a Terra via tudo, porque a luz do Sol iluminava ela todinha!
E a história continuou por ai! O Tatá ficou no meu colo só escutando, teve muita paciência. Mas depois não quis saber, jogou o Sol longe e ficou só com sua amada!
Fazer o que né? A gente tenta…kkkk
Mas quando a gente pensa que foi tudo por água abaixo, o baby gira a roleta e fala: “ A Lua Nova se escondeu do Sol mamãe !”
Depois de um tempão que ele resolveu pegar os cartões. Me perguntou qual era a lua que estava na sua mão.
E juntos começamos outra maneira de brincar. Ele escolhia um cartão, eu segurava, ele rolava a roleta até chegar na lua correspondente e então falávamos o seu nome. Nesse momento eu lia o que havia do outro lado do cartão, mas como não fazia muito sentido a tradução, deixamos de lado essa parte.
Algumas vezes o baby fazia tudo sozinho. Escolhia o cartão, girava, chegava na lua certa e dizia seu nome. Outras vezes confundia tudo! É assim mesmo. O que importa de fato é o brincar, com isso o conhecimento vem junto naturalmente.
Além das fases outros conceitos foram trabalhados como: METADE, UM QUARTO e INTEIRO.
Eu colei os cartões em pedaços de caixa de papelão para durar mais. Entretanto a roleta das luas foi feita em cartolina comum, o que significa que a durabilidade será pouca. No mesmo dia o Tatá já havia rasgado um pedaço dela com a força do seu giro! De repente faço outro com caixa de papelão. Fica aí a dica!
O legal é brincar de noite e ir ver a lua depois, assim as crianças ficam mais maluquinhas!
Conhecimentos adquiridos, mas principalmente o prazer de correr atrás das preferências nítidas que o baby tem. Ah isso não tem preço! Então, porque não mamãe?
Recado para o Tatá: Meu amor, que essa sua segunda paixão (porque a primeira foi a mamãe tá!) seja eterna! Que você possa crescer sem nunca esquecer que existe uma Lua no céu. Que você possa crescer sem perder a ternura, os sonhos, a alegria, a energia, a essência de criança. Te amo.
Amei a brincadeira! Tá vendo só...não foi por água abaixo...ele entendeu tudo direitinho! Fofooo!! Bjsss
ResponderExcluirPois é Luciana, como os pequenos está sempre tudo certo, nós adultos é que complicamos! Beijos e boas brincadeiras!
ExcluirLuciana, muito obrigado por compartilhar essa ideia conosco. Eu faço estágio em uma escola de educação infantil, e sua ideia simplesmente foi sensacional para ensinar aos alunos sobre as fases da lua.
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