Dia frio dá vontade de comer coisas gostosas não é mesmo? O Tatá também acha. Por isso, assim que perguntei se topava fazer um bolo, saiu correndo para a cozinha, subiu na cadeira e ficou pedindo a farinha! Então depois de rir muito fui ver no armário quais ingredientes tinha à disposição. A tal farinha infelizmente era escassa, sendo assim peguei a caixa de amido fechada e fui na net achar alguma receita fácil.
Achei uma ótima (500g de amido, 200g de manteiga e uma lata de leite condensado – mistura tudo e pronto!). Dia de culinária infantil é dia de brincadeira sensorial e outras coisinhas mais!
Começamos com a manteiga, e também com a balança, que o Tatá adorou descobrir que o ponteiro mexia conforme colocava as coisas em cima!
Normalmente sou eu que ajudo o baby, e não o contrário, por isso só faço o básico! Deixo à sua disposição o que será usado e ele se encarregava de dar continuidade na receita conforme a ordem dos ingredientes.
A parte das farinhas (no caso aqui o amido) é sempre interessante! Ver como sua habilidade vai se desenvolvendo é ótimo. Isso porque nas primeiras receitas que fizemos a mesa ficava com mais farinha do que a tigela, mas aos poucos esse quadro está mudando, e sobrando mais massa no final da receita!
Ainda é cedo, mas conforme chegar a época ideal fará parte da culinária os registros em papel, onde o baby poderá escrever/desenhar cada ingrediente com suas medidas, auxiliando assim de forma natural o português e a matemática formal.
A vez do leite condensado foi apreensivo, já que nunca dei deliberadamente esse alimento para o Tatá. Mas pensei, se ficar gostoso eu e o papai comemos tudo e deixamos só um pouquinho para ele (kkkk), e se ficar ruim, então não haverá problemas, porque o baby não vai querer comer!
Foi um bom exercício de coordenação motora apertar a embalagem, e principalmente não deixar cair o conteúdo fora da tigela!
A mamãe aqui escolheu o recipiente errado, seria melhor algo maior, para dar mais espaço na hora de mexer com a colher. Mas claro que o Tatá não ficou preocupado com isso!
A massa desse biscoito demora um pouco para ficar homogênea, a mistura não é tão fácil por conta do amido. Desta forma, tive que pedir licença ao baby e fazer sozinha o “amassa amassa” inicial.
Mas depois disso liberei novamente a tigela, e descobri algo muito interessante. O Tatá não consegue fechar as mãos e dar “murrinhos” na massa! Mesmo explicando e até demonstrando algumas vezes para o baby, não era natural o tal movimento para ele. Cheguei a conclusão que preciso dar mais massinha de modelar para que possa brincar e explorar movimentos diferenciados com as mãos, punhos, dedos, pontas dos dedos, garra, pinça, enfim, tudo o que é possível ser feito com as mãos.
Como é lindo ver, e enxergar, o desenvolvimento infantil! A gente muitas vezes não dá conta do “passo-a-passo” no crescimento dos filhos, e esquece que os ganhos são diários sim, mas não galopantes, tudo ao seu tempo, porque o corpo tem uma expressão muito singular, e respeitar o seu ritmo é necessário. Oferecer oportunidade sim, mas nunca forçar a barra, e principalmente deixar a criança fazer o ritmo dela.
As bolinhas do Tatá são lindas (sempre digo isso), mas elas ficam meio espalhadas, achatadas e desengonçadas. Para que fosse possível seguir na receita, combinei que faria as bolinhas e ele furaria todas para colocar ameixas cortadas no seu interior!
Claro que topou na hora!
Fez todos os furinhos de forma harmônica.
E colocou todas as ameixas com precisão (desenvolvimento da tal coordenação!)
Mas aí quando vai para o forno o que fazemos? Brincamos com a balança…
E o Tatá escolheu vários brinquedos para ver o quanto eles pesavam (ou o quanto mexia o ponteiro).
A pequena bola era muito LEVE! E mexia pouco o ponteiro!
Já a sua bola “pofissional” era bem mais PESADA, e por isso o ponteiro girou mais!
O ônibus sem passageiros tinha UMA MEDIDA EM GRAMAS.
O ônibus cheio de gente PESAVA OUTRA MEDIDA EM GRAMAS.
E com isso pesamos bonecos, potinhos, sacos fechados de alimentos, e muito mais coisas, isso porque o gás acabou antes do tempo e tivemos que esperar o entregador chegar.
Depois de muito tempo finalmente os biscoitos ficaram prontos. Ficaram queimados também, mas isso é só um detalhe! Agora o que não entendi é como uma receita onde não vai fermento pode crescer tanto? (Coisas de mãe inexperiente…kkkk)
Ficaram bem gostosos, apesar de estranhos. No dia seguinte até levamos uma fornada para a festa junina dos amigos, assim pude dividir um pouco dos inúmeros biscoitos gostosos (e com isso não engordar tanto!)
A cozinha a cada receita tem ficado menos suja, sendo assim volto a perguntar: Por que não mamãe?
Recado para o Tatá: Meu amor topa-tudo, sua "vozinha de ohhhh" quando o ponteiro se mexia era simplesmente delicioso em escutar. Mesmo na vigésima vez que medimos alguma coisa. Você pode não ter captado com profundidade o que estávamos fazendo ali (comprovando a física e a química), mas com certeza você entendeu que algumas coisas são mais pesadas que outras, e isso apenas fazendo biscoitos de amido. Como é bom fazer essas coisinhas simples com você. Te amo!
Ficou ótimo! Lá em casa também adoramos a cozinha!
ResponderExcluirBjs
Pois é Diana, culinária infantil é uma atividade/brincadeira super rica. Dá para aprender um monte de coisas, se divertir, incentivar a boa alimentação, melhorar o relacionamento, etc. Super beijo
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