segunda-feira, 17 de junho de 2013

Preparando o peixe para pescar!
Alescio12:36 0 comentários

Puxa na sua memória uma brincadeira que você amava e que só tinha em época de festa junina…Pescaria, acertei? Então, que tal proporcionar ao seu baby algo que ele possa se divertir aos montes e ainda por cima adquirir inúmeras habilidades manuais? 

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A ideia de fazer esta atividade surgiu na proposta de reunirmos umas mães amigas para comemorarmos o mês junino. A brincadeira é super divertida e trabalha bastante o lado social, podendo ocorrer no seu condomínio, num  parque ou mesmo no seu quintal. 




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Juntar a criançada para  montar a brincadeira também é válido, porque as situações que aparecem em grupo são sempre ricas de aprendizado. Mas caso não seja possível vale preparar somente você e seu baby. 

Primeiro desenhei em uma caixa de papelão alguns peixes bem simples. O Tatá estava presente em todo o processo e conforme ia recortando as “espécies marinhas” o baby já entrava no faz-de-conta estimulando sua imaginação.


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Separei as tintas guaches que dispunha, e no final da tarde iniciarmos a pintura. Desta vez coloquei uma camiseta velha no Tatá, mas ele não curtiu! Mas não deixou de se entregar ao momento artístico sensorial.

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Foram 12 peixes que o Tatá pintou, esta foi a conta certa entre o prazer e a produção! Ou seja, exploração de trabalho infantil nem pensar! O legal é fazer a atividade como forma de diversão e não obrigação. Mas foi importante explicar que ele estava fazendo algo que serviria para mais crianças brincarem futuramente.

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De um lado da mesa deixei todos os peixes que iam ser pintados, do outro lado deixei um espaço para que o baby fosse separando as obras para secarem!

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Ele entendeu a orientação, e por conta disso conforme achava que o peixe estava pronto ia colocando ao lado, com a maior liberdade e propriedade de sua pintura. 

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Na arte não pode (em hipótese alguma) existir o certo e o errado. Mesmo que o senso crítico de uma mãe, professora ou cuidador deseje falar à criança que “Deve ser assim, ou assado a sua pintura”, que “Uma árvore tem folhas verdes e tronco marrom”, ou que “O rosto de uma pessoa não é azul”, é necessário entender que as formas, intenções, intuições, organizações, ou resumindo a criação em si, é única e exclusivamente parte integradora da criança, é sua extensão, sua compreensão, e sua realidade de mundo. E nesse campo a interferência só prejudica. Somente depois que a criança experimenta, se solta e se sente livre para ser é que ela é, então consegue observar ao seu redor e estabelecer novas relações.

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O Tatá fez peixes de todas as cores, às vezes mistura duas cores, às vezes misturava as quatro. Alguns peixes foram pintados somente na cabeça, e outros receberam cores fortes na cauda. Hora pintava como pinceladas fortes e contínuas, hora apenas batendo o pincel no peixe. E assim ele curtiu e deu boa noite aos seus novos amiguinhos.



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Na manhã seguinte, com os peixes secos foi a vez de passar cola e jogar purpurina para as “escamas” ficarem reluzentes.


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De novo fiz o mesmo esquema de deixar de um lado os peixes para receberem cola, e do outro os que estavam prontos. A única coisa que disse ao baby é que quanto mais cola passasse, mais brilhantes ficariam os peixes.


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Brincar com cola é outra atividade deveras prazerosa, principalmente quando a cola está seca nos dedinhos e o pequeno fica todo concentrado para retira-las.

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O Tatá queria muito manusear as purpurinas, e por conta disto “malandramente” colocou mais de um peixe na mesinha para passar toda a cola de uma vez! Eu poderia ter recusado essa ação, pensando na aprendizagem da sua paciência, e de questões como: começo, meio e fim, mas achei tão inteligente a resolução que deu para o seu problema que até apoiei-o ajeitando melhor os peixes. 

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Quando ficamos cheios de regras com as crianças sem permitir que elas se expressem, que demonstrem suas vontades e ideias, não estamos incentivando sua auto-estima, confiança e características pró-ativas. É necessário que eles também tenham seus momentos de autoridade (não confunda com o autoritarismo ok!). 

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Com quatro pequenos potinho de purina (onde fiz um sutil buraquinho em cada um), o Tatá pode salpicar cor e brilho nos peixinhos e ficar encantado com a  descoberta do resultado. 

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Salpicou muita prata, muito verde, muito vinho e muito azul e as escamas ficaram lindas.


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O curioso é que ele não teve vontade de colocar sua mão na purpurina, então quando havia terminado, eu esfreguei minhas mãos nos grãos que sobraram no chão, e coloquei sobre meu rosto. Ele ficou um tempão viajando na brincadeira de se pintar com brilho, ou tira-lós da cola seca.



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Tudo seco, com varinha na mão e serragem na piscina, foi a vez de brincarmos de pescaria. Primeiro ele explorou bastante a varinha. Ficou na ação de “jogar ao mar” em todos os cantos da casa (e eu atrás protegendo o que não podia quebrar..kkkk). Depois ele queria estar com o peixe no anzol e levá-lo para passear, para ler seus livros, para comer grama, para tomar banho, para dormir na sua cama (que é um barco!), para jogar bola... Enfim, foi uma relação de puro amor com o peixe.




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Somente depois, quando coloquei todos os peixes na piscina é que ele foi fazer a brincadeira oficial (ou quase) da pescaria. Tentou, tentou e tentou, mas os peixes não pulavam sozinhos direto para o seu anzol.

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Então resolveu entrar na piscina, acho que ele pensou: “Se estiver dentro do mar tudo fica mais fácil"!”. Mas não foi bem assim, os peixes continuavam a recusar morder o anzol. 

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Então o Tatá desistiu e curtiu a pescaria de outro modo!


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Foi serragem para todo o lado. Foi varinha para todo o lado, foram flores sendo fisgadas no quintal, enfeites virando pela casa, mas enfim, foi um caso de amor tão grande entre esse “manezinho da ilha”, sua varinha e os peixes que só me resta perguntar… Por que não mamãe?

Recado para o Tatá: Meu amor, sei que dá mais trabalho, e que às vezes cansa, mas não me arrependo nunca de dar voz à você, porque te ouvir e te conhecer é bem melhor que ver em você apenas um reflexo meu! Te amo!
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