Como bom neto de português o Tatá é apaixonado por bacalhau e isso desde sua estréia na casa dos avós. Quando vai visitá-los pede "bacaau" de um jeito que o vovô corre para preparar dando risadas.
Então para matar um pouco das saudades, o maridão (que não leva jeito nenhum de português) resolveu fazer uns bolinhos. Claro que mamãe aqui na mesma hora colocou o baby para ajudar, e foi aquela farra!
E é claro que também demorou muito mais para fazer. Mesmo o papai não estando acostumado com esse ritmo de 4 mãos na cozinha, topou a brincadeira com toda paciência e amor.
O Tatá não conseguiu desfiar muito bem o bacalhau, mas tentou várias vezes. O que ele curtiu mesmo foi "amassar aquele peixe cheiroso" e ficar repetindo: "bacaau", "bacaau"!
O difícil foi convencê-lo a esperar as batatas esfriarem, queria muito dar continuidade na receita.
Mas gostou mesmo quando o papai colocou as salsinhas!
Ele ficava caçando as pequenas folhas verdes e somente quando oferecemos o espremedor é que aceitou continuar nos seus "afazeres receitísticos portugueses" .
Já falei em alguns posts dos inúmeros benefícios em brincar com as crianças de culinária. Elas saberão sobre o alimento, distinguirão legumes, de raízes, folhas, frutas, etc. Podem ter noção de ação e reação (os ingredientes separados e sua mistura dando origem ao prato pronto), de medidas, dos utensílios (seu uso, sua história), de trabalho em equipe, de apreciar muito mais o alimento, mas com certeza o maior ganho para a criança, que ficará na sua memória, são os momentos socializados em família.
Naquela noite o Tatá não parava de dizer (até na cama) que tinha feito "boinho de bacaau com o papai"! Isso é fantástico! Além de saber que cozinha não é só coisa de mulher, ainda "curte uma onda" de "alquimista com o papai".
Só tivemos um único problema em todo o processo... o Tatá não parava de "roubar" o bacalhau, fiquei até achando que não ia sair bolinho nenhum!
E o pior é que mesmo chamando sua atenção o danadinho só queria saber de comer a receita crua!
Só na hora de fazer os bolinhos que o papai não teve muita paciência (também já estávamos morrendo de fome!) E foi logo fazendo algumas bolinhas.
Mas o Tatá safo como é, e acostumado com a mamãe deixando sempre colocar a mão na massa, fez seus próprios bolinhos (bem pequenos, mas lindos!)
O baby sempre foi magrinho, mas é bom de boca, tudo que ofereço ele come. Tenho certeza que boa parcela desse costume se deve por conta desses momentos, ou seja, vale muito a pena investir em receitas caseiras, principalmente se elas já tem uma história na família. Quantos avós, ou até mesmo os pais, são de países diferentes dos babys, então nada melhor que explorar esse diferencial para que, além da boa alimentação, o pequeno ganhe com cultura!
AAAAAAquela bagunça na cozinha (dois homens liderando, então imaginem).Ficou louça para o dia seguinte, mas e dai? As ótimas companhias para um jantar delicioso de raízes fez toda a diferença. Então, porque não mamãe?
Recado para o Tatá: Meu amor, pena que seu pai ainda não sabe fritar os bolinhos como seu avô. Esses da foto foram os únicos bonitos, ainda bem que reservei logo eles para você! Mas não se preocupe, pois ainda comerá muito "bacaau" na sua vida , feito com amor pelo papai, mamãe e vovô! Te amo.
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