Existem mil formas de brincar com tintas, e uma forma que o Tatá sempre gostou foi através das bisnagas. Em várias ocasiões que precisei manter o foco em outros assuntos (como cozinhar) enchia uma bisnaga com água e corante alimentício para poder terminar alguma tarefa.
Por conta da sua paixão em apertar e ver o líquido sair do recipiente preparei uma tarde com tinta comestível, e papel kraft para ter o registro da sua arte.
Como não tinha 4 bisnagas usei dois squeezes para ter as 4 cores primárias. Por conta desta novidade o Tatá preferiu brincar primeiro com este instrumento.
Pena que seu material é bem mais duro para a saída da tinta, fazendo com que o Tatá voltasse para a velha conhecida bisnaga.
Ver derramar o líquido colorido é algo mágico, que o deixa hipnotizado. Não sei o que passa na sua mente, mas sei que ele fica concentrado na sua atividade.
Por não estar com os pincéis ele acabou explorando pouco o espaço do papel, preferiu derramar tudo no mesmo lugar, mesmo eu chamando sua atenção para os espaços vazios.
Teve momentos que pegava duas bisnagas ao mesmo tempo, o que é um bom treino de coordenação motora.
Também despejou o líquido colorido em diferentes alturas, podendo perceber quedas diferenciadas conforme sua força e posição.
Como os bebês conhecem o mundo através do seu instrumento mais precioso para codificar o mundo (seu corpo), obviamente que a tinta iria percorrer este trajeto.
Seus joelhos, seus pés, suas pernas, suas "batatas das pernas" e seu calcanhar entraram na brincadeira, e assim a cada dia ele percebe melhor cada parte do seu corpo e sabe como chamá-las. Por isso é fundamental que o adulto vá conversando sempre com a criança para que ela possa incorporar a classificação do mundo e assim poder se comunicar. Muito útil por exemplo quando o baby se machuca num tombo e sabe dizer qual a parte dolorida.
A brincadeira foi rolando (ao som de The Sisters of Mercy) e as bisnagas esvaziando. Como de fato ele não conseguiu apertar muito o squeezes, acabei abrindo os copinhos para poder aproveitar as tintas, e a cada momento o papel ia recebendo novos registros.
Então quando toda a tinta estava no chão ele resolveu pegar dois brinquedos para complementar a atividade: seu rodo e sua vassoura!
E ali ele ficou um tempo transportanto a tinta de um lado para o outro. Quando faço alguma brincadeira ele sempre pega algo que esteja por perto, o que acho bem bacana, isso mostra que sua criatividade está totalmente presente e interagindo com o momento, por isso nunca recriminei tais atitudes, mesmo que ela saíssse muito da proposta inicial.
Depois de brincar muito e a tinta dominar o Tatá, liberei geral e peladinho ficou se divertindo com o escorrega ali no chão.
Eu também entrei na brincadeira, e juntos ficamos "detonando" o papel que infelizmente não resistiu ao molhado, mas serviu para o Tatá fazer vários malabarismos com as tintas agora totalmente identificáveis.
Mamãe e filhinho pelados e melecados, edícula toda carimbada e aquela "figa" da mamãe torcendo para ninguém tocar a campainha. Sair da rotina é ótimo, então porque não mamãe?
Recado para o Tatá: Meu amor quanto mais rápido a mamãe escorregava você maior era a sua gargalhada, mas você riu mesmo quando a mamãe caia de bunda para ver você feliz! Só sendo mãe/pai para entender o quanto de maluquices a gente faz para ver o filho feliz. Te amo.
Adorei o conhecer o seu blog, e pretendo por em pratica algumas das suas brincadeiras em breve quando mudarmos em Julho para um casa com quintal. Gostaria apenas de deixar a sugestao de ser indicado qual a idade que o seu filho tinha em cada uma das atividades que foram feitas, ( apesar de sabermos que ele tem cerca de 2 anos e 8 meses)`, apenas para orientacao. E tao bom ler o seu blog
ResponderExcluirOi Eunice, tudo bem? Que bom que gostou! Em breve colocarei um artigo explicando o porque de não indicar classificação etária nas brincadeiras. Veja, qualquer ideia do blog pode ser adaptada, pois no brincar toda criança absorve inúmeros conhecimentos e habilidades. O problema somos nós adultos que esperamos determinadas ações dos pequenos, e eles tem ritmos muito singulares. Meu filho está hoje com 1 ano e 8 meses. Mas crianças mais velhas ou mais novas podem criar inúmeras vivências nessas atividades. Sempre há algo para aprender! Super beijo e obrigada por estar conosco!
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