Pensando uma brincadeira para o Tatá poder experimentar a ação do moldar lembrei automaticamente da argila, no entanto esse moldar seria simplório, e por conta disso seria interessante ter mais elementos para ele fazer sua arte.
Um motivo legal seria apresentar as letras do seu nome e disponibilizar algumas coisas para que ele pudesse enfeitar.
Fui separando tudo com ele no colo, obviamente que ficou maluco para pegar os enfeites, mas primeiro ia experimentar a textura e mobilidade da argila.
Ela não é mole como as massinhas caseiras ou industrializadas, mas é ótima para os pequenos desenvolverem o ação de amassar, moldurar, esburacar, picotar, etc..
Depois que ele explorou bem a argila comecei a pedir que colocasse nas letrinhas, sempre falando "agora no T de Tales", "agora no E de estrela", e assim por diante. Entretanto, o preenchimento das letras foi a mamãe que fez.
Seu tempo é outro, por isso muitas vezes achava mais legal retirar a argila do local do que ajudar a colocar. Tudo bem, faz parte refazer e refazer tudo, isso significa dar chances de buscar empiricamente novos conhecimentos!
Quando conseguimos terminar juntos as letras ofereci os enfeites. Tínhamos milho, conchas diversas, bolinha de gude, lantejoulas, feijões e missangas, tudo bem colorido.
O primeiro interesse do Tatá foram as bolinhas de gude. Para mim ele iria querer brincar com elas e ia até esquecer do resto, mas depois que mostrei a possibilidade de enterrar uma bolinha ele gostou da idéia e fez a mesma coisa com todas as outras.
Deixei livre para que ele escolhesse em qual letra iria colocar, mas quando vi que já estavam acabando e o T estava ganhando disparado, indiquei as outras letras para também receberem as bolas.
Quando elas acabaram o Tatá escolheu as lantejoulas e milhos. Primeiro despejava todo o conteúdo e somente depois que ia com seu dedinhos espalhar os enfeites na argila.
Às vezes ele retornava nas bolas de gude para trocá-las de lugar. Realmente o brilho da bola chamou sua atenção.
Os feijões também viraram seu predileto, era muito engraçado ver seus pequenos dedinhos caçando os grãos para direcioná-los nas letras.
As lantejoulas também tem um brilho bacana, e como eram muitas deu para enfeitar bastante as argilas.
As conchas foram uma escolha deliciosa, ele brincava com elas e fazia bons buracos na argila ao pressioná-las.
Achei bem bacana seu interesse em distribuí-las quase que igualmente entre as letras, acredito que seu raciocínio não era matemático nessa hora, mas puramente estético, pois percebeu que em algumas letras haviam poucas conchas e em outras letras nenhuma, por isso ficou um bom tempo vendo e refazendo a arte.
Todos os materiais tinha em casa, só a argila que precisei comprar, e é super baratinho. Quem mora na praia pode arrumar com facilidade as conchas, mas se não tiver qualquer coisa está valendo.
Logo que terminamos essa atividade tivemos que viajar e a argila não recebeu acabamento nenhum, quando voltamos ela estava toda rachada e não tive como aproveitar as letras do nome. Mas iremos refazer a brincadeira, principalmente porque o Tatá adorou fazer esse tipo de arte.
Muitas coisas são trabalhadas em atividades como essa: concetração, atenção, coordenação motora, criatividade, raciocínio lógico e intuitivo, "alfabetização", conhecimento científico (a argila começa com uma textura e com seu manuseio e reação atmoférica vai se transformando e endurecendo), entre tantas coisas.
Se não dá trabalho e é barato, porque não mamãe?
Recado para o Tatá: Gosto muito quando você "compra" uma idéia da mamãe, é muito bom te ver em brincadeiras/atividades longas com o maior interesse. Espero estar contribuindo com seu lado criativo meu amor. Te amo viu!
Ai que ideia linda!
ResponderExcluirPosso copiar? eu adorei!
beijos
Claro que sim Jamilly, para isso que serve a web, para difundir as idéias, eu tb aplico muita coisa que vejo por ai.
ResponderExcluirBeijos e boas brincadeiras!