Dando continuidade as nossas brincadeiras temáticas, chegamos na vez de vivenciar a nossa casa Terra.
Pensei em algumas formas de apresentar a formação do planeta ao Tatá, mas nenhuma estava me satisfazendo no quesito diversão. Então dei um “baita pulo” evolutivo e parti logo para a apresentação do planeta já com as formações continentais.
Primeiro relembrei com o pequeno tudo o que havíamos brincado. Sua memória é incrível, mas claro que ter todos os “registros” pendurados na edícula ajudou bastante! Temos no teto a brincadeira do “Big Bang”, temos os planetas do Sistema Solar dentro de uma caixa, temos o Sol pendurado no mancebo, os quadros das Galáxias enfeitando o ambiente e a Roleta da Lua disponível na parede. Resumindo, é bom deixar por algum tempo as atividades/brincadeiras à disposição, para que a criança mantenha vivo suas sensações e conhecimentos adquiridos.
O Tatá como sempre está presente desde o início. Parto do princípio que absolutamente tudo é aprendizado e um bom motivo para desenvolver habilidades.
Pegamos um super balão azul e o baby ajudou a enchê-lo.
A simples ação de se equilibrar num pé só e fazer movimentos repetitivos para “cima” e para “baixo” é um desafio para os pequenos. Prestar atenção no balão enquanto se vai enchendo com o ar gerado dessa manobra física também é algo complexo, afinal são duas partes distintas do corpo que estão sendo exigidas: a parte inferior dos membros e a visão focada em algo externo. Trabalhar com diferentes hemisférios cerebrais é uma boa escolha!
Nem sempre o Tatá conseguia fazer tudo isso! Às vezes subia com os dois pés na bomba de ar e achava que estava tudo bem! kkkk
Com o balão cheio, e depois de esperar pacientemente que ele se divertisse um pouco com o “planeta Terra” pendurado num varal, foi a vez de mostrar ao pequeno imagens e vídeos mais concretos para a assimilação e “fantasia” de como é nossa casa no sistema solar.
O Tatá sempre gostou dos livros porque teve esse incentivo desde muito pequeno. Principalmente os livros com grandes imagens. Estes aí ele herdou da mamãe que curte assuntos do cosmos faz tempo!
Contei para ele que nosso planeta é uma grande “bola azul” que flutua no céu junto com todos os outros planetas. Que tem muita água, e alguns continentes onde as pessoas podem viver, as plantas, uma parte dos animais, etc.
Enquanto ele curtia os livros livremente eu fiz com cola preta os contornos dos continentes. Ficou horrível!!! Primeiro porque não sei desenhar, segundo porque não consegui uma boa perspectiva e terceiro porque a cola escorreu bastante.
Para o Tatá estava tudo bem, o que valia era a simbologia dos continentes no planeta. Eu desenhava e mostrava a imagem dos livros. Nesse momento já estava classificando, dando nomes e citando hemisférios.
Para esperar a cola secar peguei um outro livro bem legal, próprio para crianças. Em cada continente há animais e características específicas.
Adorou reconhecer o urso branco nas áreas geladas da Rússia asiática…
Descobrir dois cangurus na Oceania. Olhar de perto cada detalhe da Índia. Ver os ursos pandas do Japão. Visualizar todo o continente africano, de onde nasceu seu vovô materno!
Mas tivemos que parar a brincadeira porque recebemos visita em casa. Como fica complicado o Tatá se entregar com plateia ao vivo, achei melhor esperar para o outro dia a continuação da farra!
A ideia era o baby pintar cada continente sozinho e depois brincar livremente.
Acontece que no dia seguinte o balão havia murchado, e quando fui tentar enchê-lo de novo a cola havia reagido e feito alguns furos impossibilitando continuar qualquer coisa. Como não tinha me prevenido com balões azuis extras, o Tatá teve que esperar a mamãe ir no centro da cidade para adquirir mais um exemplar do objeto.
Com isso achei melhor usar outra técnica, e preferi imprimir os continentes para colar com durex no novo balão.
Novamente o Tatá participou enchendo o balão, e desta vez sua habilidade estava bem melhor!
Repetir brincadeiras ou atividades é algo bem bacana. Eu sempre fotografo para colocar no blog a primeira brincadeira que faço, para que seja possível o registro das surpresas e descoberta, mas normalmente eu repito mais e mais vezes cada brincadeira que ele pede, ou que percebi ter gostado. Já reparei inúmeras vezes que conforme brincamos de novo e de novo suas técnicas se aperfeiçoam, sua criatividade funciona cada vez melhor e suas descobertas também são reais. Ou seja, sempre há conhecimentos, mesmo com situações repetidas, porque a vivencia será sempre nova e enriquecedora.
Para a pintura dos continentes o Tatá escolheu a cor que desejava para cada um. E conforme ele pintava nós conversávamos sobre quais bichos haviam naquele continente.
Brincar com tinta é sempre uma atividade sensorial, mas como o foco não era esse deixei pouca quantidade de cada cor à sua disposição. Às vezes sua pintura ultrapassava o papel, às vezes não! Atitude normal, pois ainda está desenvolvendo noções de espacialidade.
O Tatá criou uma relação forte entre os continentes e seus animais característicos. Esse caminho se deu por conta do livro, mas também porque o mundo animal se torna mais fácil para as crianças. Aos domingo no começo da noite quando normalmente estamos todos cansados gostamos de ver um programa da TV Educativa que chama-se “Planeta Terra”, sempre há trechos da vida animal, e essa interação com vídeos do mundo real é algo estimulante para o baby. Como estamos sempre vendo juntos narro algumas características dos bichos que estão sendo exibidos, e consequentemente cito de qual continente se refere.
O continente americano foi um pouco complicado para o Tatá, a semelhança de curvatura fazia o baby confundir com o continente africano. Mas depois que recortei e colei ele conseguiu fazer a distinção mais fácil.
De novo a mamãe ficou sem noção de escala e obviamente que os continentes ficaram desproporcionais ao planeta. Mas o Tatá ainda vai ter muitas oportunidades para visualizar em material concreto as dimensões exatas.
Ele brincou bastante com o planeta preso no varal arranjado e depois liberei “inocentemente” o planeta para ele curtir uma “onda de Charles Chaplin”.
Jogou o planeta para cá, jogou o planeta para lá! No meio da farra começou a cantar “Pindorama” do “Palavra Cantada”. Achei a referência fantástica!
Como nós havíamos colocado dentro do balão areia colorida para simbolizar as camadas internas do planeta, depois de alguns lançamentos o planeta explodiu!
Como foi razoavelmente rápido, não permitindo que ele brincasse muito, e deixando-o triste, peguei umas bexigas transparentes , colocamos a areia com ajuda de um funil e iniciamos outra brincadeira. Por que afinal de contas o que vale é o brincar!
E nesse novo momento o Tatá livremente explorou os novos balões.
Ele chutou, alisou, mordeu, cabeceou, abraçou, fez mil malabarismo com as bolas.
E o conhecimento que estava sendo trabalhado antes?
Ah esse com certeza absoluta foi incorporado! Então vamos continuar a brincar!
Decepções encobertas da mamãe por pura falta de habilidade em desenhar, fazer proporção e perceber que o balão estouraria rápido no chão, mas super realizada em ver o baby brincando, e curtindo aprender em livros e materiais concretos. Por isso, porque não mamãe?
Recado para o Tatá: Filhote, a mamãe erra e acerta, mas é assim mesmo que acontece para quem tenta fazer alguma coisa. Saiba que eu sempre vou te incentivar a fazer as coisas, porque só tentando é que a gente vive e conhece! Beijos de amor!
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