quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Pilotando o fogão!
Alescio08:36 8 comentários

Queria comprar para o Tatá aqueles brinquedos maravilhosos de madeira que imitam legumes, frutas,etc., mas quando entrei na loja de brinquedos caí dura para trás. Um único conjunto com 4 pequenas peças custava mais de oitenta reais! Uau! Sei que a madeira é de lei, a tinta é atóxica, o trabalho do artesão vale muito, mas o Tatá nasceu numa família de posses amorosas apenas...kkk

Então pensei..hum tenho que dar um jeito nisso! E num final de noite corri na edícula, peguei umas caixas de papelão, os últimos papéis coloridos, o rolo de durex e por poucos centavos o Tatá ganhou a oportunidade de brincar dentro dos conceitos da vida prática.

Na manhã seguinte com tudo pronto coloquei algumas coisas que tinha: cebola, batata, cenoura, beterraba e limão, uma chaleira e uma peça indiana!

  


De imediato ele foi para o jogo do faz de conta, agora ele tinha seu próprio fogão e sua geladeira exclusiva!


 


Conforme ele pegava os alimentos falava "nenêm", "nenêm", ou seja, na cabeçinha dele estava fazendo uma sopa igual a música do grupo "Palavra Cantada".



 


Todos os alimentos ele sabia o nome, não errou nenhum, isso se deve em parte por me ver fazer almoço e classificar os legumes (sempre conversei com o Tatá sobre tudo o que estou fazendo, acredito que o resultado seja sua fácil assimilação das palavras e incorporação de um vasto vocabulário).
 


 


Ah sim, também havia colocado uma embalagem de vagem dentro do forno e quando ele abriu a surpresa foi ótima! Adorou!
 



Dentro da geladeira eu havia colocado a peça indiana de chá, foi outra festa quando viu aquilo tudo!
  



Como sua geladeira e fogão são leves, ele carregou para vários cantos, e em cada um deles voltava a brincar de cozinheiro.





Não só brincava de fazer a comida, como brincava de fingir comê-la! Um outro motivo para dar às crianças o alimento para brincar é que ela desenvolve seus sentidos como o olfato para ver se o alho é cheiroso, o paladar para sentir o gosto de um chuchú, o tato para descobrir as dobras de um pimentão, enfim, há muitas vantagens dessa brincadeira ser feita com os alimentos reais.




Pegava a colher e mexia dentro da chaleira, ou me servia chá  e brindávamos juntos.




Neste dia ele simplesmente brincou a manhã inteira, inclusive na frente do skipe para servir a vovó com  a "Sopa do nenêm"!

 

Como tudo é permitido no seu mundo, o conjunto de chá virou o conteúdo de mais um prato!




 E os botões do fogão obviamente que fizeram parte de toda a brincadeira.





Brincadeiras/atividades desse tipo desenvolvem os conceitos da vida prática que são fundamentais para o desenvolvimento emocional e social da criança, é no faz de conta que ela entende como funciona o mundo, e a reprodução do cotidiano vai ensinando como se comportar em sociedade.

Menino brincando de fogão? Porque não mamãe? 

Imagine um mundo sem o loiríssimo Jamie Oliver ou o Buddy Valastro do Cake Boss, que adoro!

Agora imagine todas as mulheres com companheiros chefs de cozinha preparando lindos jantares românticos.  Hum...

Viver num mundo onde o menino não pode aprender a cozinhar ou brincar de faz de conta com panelinhas é alimentar o ciclo machista e preconceituoso. 

Recado para o Tatá:  Meu amor você terá sim uma mãe que vai incentivá-lo a ter noção de como funciona a rotina de uma casa (cozinhar, lavar, limpar,etc.), mesmo porque se um dia você for morar sozinho em alguma experiência de estudo ou profissional precisará saber como lidar com isso. Não quero ver você dependente do fast-food e de prestadores de serviços. Te amo.

Ah, e antes que me critiquem, o logo da cerveja ficou porque o papel havia acabado (sem radicalismos!)...kkkk 















 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Nome do bebê na argila.
Alescio11:17 2 comentários

Pensando uma brincadeira para o Tatá poder experimentar a ação do moldar lembrei automaticamente da argila, no entanto esse moldar seria simplório, e por conta disso seria interessante ter mais elementos para ele fazer sua arte.


 


Um motivo legal seria apresentar as letras do seu nome e disponibilizar algumas coisas para que ele pudesse enfeitar.


 


Fui separando tudo com ele no colo, obviamente que ficou maluco para pegar os enfeites, mas primeiro ia experimentar a textura e mobilidade da argila.




Ela não é mole como as massinhas caseiras ou industrializadas, mas é ótima para os pequenos desenvolverem o ação de amassar, moldurar, esburacar, picotar, etc..




Depois que ele explorou bem a argila comecei a pedir que colocasse nas letrinhas, sempre falando "agora no T de Tales", "agora no E de estrela", e assim por diante. Entretanto, o preenchimento das letras foi a mamãe que fez. 

Seu tempo é outro, por isso muitas vezes achava mais legal retirar a argila do local do que ajudar a colocar. Tudo bem, faz parte refazer e refazer tudo, isso significa dar chances de buscar empiricamente novos conhecimentos!



Quando conseguimos terminar juntos as letras ofereci os enfeites. Tínhamos milho, conchas diversas, bolinha de gude, lantejoulas, feijões e missangas, tudo bem colorido.







O primeiro interesse do Tatá foram as bolinhas de gude. Para mim ele iria querer brincar com elas e ia até esquecer do resto, mas depois que mostrei a possibilidade de enterrar uma bolinha ele gostou da idéia e fez a mesma coisa com todas as outras.





Deixei livre para que ele escolhesse em qual letra iria colocar, mas quando vi que já estavam acabando e o T estava ganhando disparado, indiquei as outras letras para também receberem as bolas.


Quando elas acabaram o Tatá escolheu as lantejoulas e milhos. Primeiro despejava todo o conteúdo e somente depois que ia com seu dedinhos espalhar os enfeites na argila.





Às vezes ele retornava nas bolas de gude para trocá-las de lugar. Realmente o brilho da bola chamou sua atenção.





Os feijões também viraram seu predileto, era muito engraçado ver seus pequenos dedinhos caçando os grãos para direcioná-los nas letras.





As lantejoulas também tem um brilho bacana, e como eram muitas deu para enfeitar bastante as argilas.






As conchas foram uma escolha deliciosa, ele brincava com elas e fazia bons buracos na argila ao pressioná-las.





Achei bem bacana seu interesse em distribuí-las quase que igualmente entre as letras, acredito que seu raciocínio não era matemático nessa hora, mas puramente estético, pois percebeu que em algumas letras haviam poucas conchas e em outras letras nenhuma, por isso ficou um bom tempo vendo e refazendo a arte.






A atividade durou um bom tempo, mas claro que teve interrupções para brincar de carnaval com as lantejoulas, ou feijões. No entanto, sua atenção para com a atividade foi ininterrupta, ele sabia exatamente que estávamos fazendo algo que tinha um começo, um meio e um fim.

Todos os materiais tinha em casa, só a argila que precisei comprar, e é super baratinho. Quem mora na praia pode arrumar com facilidade as conchas, mas se não tiver qualquer coisa está valendo. 

Logo que terminamos essa atividade tivemos que viajar e a argila não recebeu acabamento nenhum, quando voltamos ela estava toda rachada e não tive como aproveitar as letras do nome. Mas iremos refazer a brincadeira, principalmente porque o Tatá adorou fazer esse tipo de arte.

Muitas coisas são trabalhadas em atividades como essa: concetração, atenção, coordenação motora, criatividade, raciocínio lógico e intuitivo, "alfabetização", conhecimento científico (a argila começa com uma textura e com seu manuseio e reação atmoférica vai se transformando e endurecendo), entre tantas coisas.

Se não dá trabalho e é barato, porque não mamãe?

Recado para o Tatá: Gosto muito quando você "compra" uma idéia da mamãe, é muito bom te ver em brincadeiras/atividades longas com o maior interesse. Espero estar contribuindo com seu lado criativo meu amor. Te amo viu!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Comida de passarinho.
Alescio08:53 0 comentários

O Tatá tem suas fases de comer bem, mas geralmente come pouco. Ultimamente tenho pedido ajuda aos passarinhos que rondam a casa. Dou uma colher para eles e outra para o Tatá, assim de vagar seu prato se esvazia.

Por conta daquelas boas coincidências vi na web uma idéia bem bacana para alimentar pássaros, uma mistura de sementes e grãos com gelatina.

Achei algumas forminhas interessantes e coloquei o Tatá para brincar!



Comprei um pacote de sementes variadas e dois pequenos pacotes de gelatina incolor. Fiz a medida do saquinho para toda a embalagem da comida de pássaros (mas descobri que não foi a melhor escolha, deveria ter colocado menos água!)



 



Esperei a água esfriar (mas não coloquei-a de imediato), e chamei o baby para fazermos a atividade. Ele logo foi colocando a mão nos grãos explorando as texturas. Depois pegou um potinho e continuou sua brincadeira de transferências.


 


Alguns minutos depois coloquei a água com a gelatina na vasilha. O Tatá aprovou a meleca e pode perceber a diferença dos grãos Secos e Molhados (hum, deveria ter escolhido o cd do Ney Matogrosso de fundo, agora que me toquei,kkkkk)



Por ser meio grudento não foi tão simples colocar aquela mistura nos pequenos potes, o Tatá estranhou, mas não deixou de brincar por isso.




Ele colocava e colocava com a mão e nada de encher as forminhas, então dei uma colher para ver o que acontecia.




Acredito que tenha achado mais tranquilo brincar de "encher o vazio" com a colher, já que não largou mais o utensílio (ótima atividade para coordenação, mira e conceitos científicos: "Tatá, este pote está vazio, e este cheio").




Ainda assim estava meio complicado, então resolvi dar uma concha e meu baby conseguiu efetivamente colocar a mistura nos potes.




Obviamente que ele não fez tudo sozinho, a mamãe terminou o serviço, porque o Tatá gosta de encher, mas adora esvaziar, por conta disso depois de muitos "pões e tiras" peguei as forminhas restantes para preenchê-las, afinal a intenção é dar comida para os pássaros e não somente se deliciar com a brincadeira sensorial.




Mas como a mamãe é boazinha, no final a tigela foi para o chão e o Tatá pode brincar um tempo maior com a meleca deliciosamente grudenta.


 
Sua roupa que o diga!


 


Escolhi forminhas com temas de números e letras para trabalhar esses conceitos, assim eu pedia para colocar a comida no "A", no "3" e assim por diante.




As fitas são para pendurar a comida na árvore. E depois de tudo pronto as peças foram para a geladeira. 




No dia seguinte o Tatá estava louco para dar comida aos pássaros (já que toda vez ao abrir a geladeira ele via as fôrmas que havia feito!). Então fui desenformá-las, e para nossa tristeza só deu certo as maiores. Os números e letras desmancharam no caminho! (Tudo bem, valeu pela atividade inicial, mas da próxima vou escolher outras coisas!)





Infelizmente não vimos os pássaros chegarem na comida, mesmo tomando conta quase que a tarde toda! Acho que é devido as inúmeras árvores frutíferas dos visinhos. Se eu fosse passarinho também tomaria esta atitude...kkkk

Bom, cozinha com chão grudento por todo lado, sementes espalhadas por cantos inimagináveis e baby lambuzado. Mas sentimento de boa ação (para o Tatá) por estar alimentando "de verdade" os passarinhos que tanto ama. Por isso tudo pergunto, porque não mamãe?

Recado para o Tatá: Meu lindo fiquei tão triste que não consegui desenformar as letrinhas e números, ainda bem que para você não fez diferença nenhuma, apenas queria saber dos "assainhos". Que em sua vida você possa ver muitos pássaros soltos comendo alegremente as comidas de sua preferência. Te amo!

E nada como escrever essas linhas ao som único deles:

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Cola no cd
Alescio07:51 2 comentários

Certa vez ganhei de uma amiga uma caixa cheia de cds ainda sem gravação para fazer algum artesanato, mas a intuição criativa não ajudou muito na elaboração de um projeto, sorte do Tatá que acabou herdando novas possibilidades de brinquedos caseiros.


Ia fazer a primeira brincadeira com cola colorida e achei que os cds ficariam lindos para receber o material duradouro. Então espetei os cds numa esponja floral, coloquei por baixo uma cartolina para também servir de registro da obra e esperei para ver a reação do Tatá.





Para ele aqueles tubinhos eram tintas, e do início ao final da brincadeira não teve jeito de convencê-lo ao contrário! Então tudo bem, viraram as tintas coloridas que grudam.





Ele explorou os tubos e também os cds por um bom tempo, retirou e colocou os espetos de churrasco algumas vezes.





Adorou tirar  as tampas das tintas que grudam e colocou os tubetes nos buracos dos cds (ótimo exercício de coordenação motora fina!)






Depois de um tempo sugeri que apertasse as tintas em cima dos cds para ver o que acontecia.






Sua primeira impressão foi de "ohhh", e logo foi colocando o dedo para sentir e espalhar as tintas que grudam.







Aos pouquinhos foi explorando cada cor, achei interessante que ele se manteve nos cds e somente depois é que seu corpo entrou como integrante da sua instalação!





Mostrei a possibilidade de fazer pequenas gotas na cartolina, e imediatamente aprovou a brincadeira retirando da minha mão o tubo para dar continuidade na nova ação.





O tempo foi passando e sua área de exploração aumentando, novas cores surgiram nos cds e no corpo.






Mas a cartolina foi sua expressão mais intensa. Os riscos grandes de tinta fui eu quem fiz, não só para mostrar novas possibilidades de desenhos, como também para participar conjuntamente da obra, e assim o Tatá pode perceber que existe arte coletiva (e que tudo pode ser dividido)!






As mãos do Tatá também se transformaram em pincéis.






E os pés? Ah sim, eles também deixaram suas marcas na cartolina (e as tintas que grudam, e como grudam, deixaram suas marcas no Tatá)!





Depois de explorar bastante e pintar muito foi a vez da caixa entrar na brincadeira, ele colocava e tirava as tintas dentro dela falando sem parar "gadá"... então tá...filho satisfeito, mãe feliz!



O banho foi demorado, a bucha rolou solta no chuveiro, mas não foi nada grave, já que saem com facilidade, então, porque não mamãe?

Recado para o Tatá: Amor seu varal de artes está crescendo e cada dia. Fico muito contente quando você entra na edícula aponta e diz: "tita tatá", mas fiquei mais feliz ainda quando viu pendurado a nossa arte e disse: "tita tatá mamãe"...ai ai ai...fico maluca e cheia de suspiros. Te amo amor!